O povo brasileiro realmente é fantástico. Como se
diz, “caso não existisse, o povo brasileiro teria que ser
inventado.” Brincadeiras a parte, o fato concreto é que o povo brasileiro é mesmo
sensacional.
Certa vez, eu estava assistindo a uma palestra
proferida pelo Dr. Antonio Herman de
Vasconcellos e Benjamin, Ministro do
Superior Tribunal de Justiça (STJ), quando ele disse mais ou menos o seguinte:
“ ...no Brasil, não basta ser claro, tem que se dizer o óbvio...”.
Em tempos de infecção pelo vírus SARS-CoV-2 que causa a
COVID-19 (do inglês, Coronavirus Disease 2019), o Brasil – assim como o mundo – está enfrentando a segunda onda da
pandemia ocasionada pelo Covid 19, em decorrência do “comportamento”, ou
melhor, da falta de comportamento de um elevado número de pessoas que insistem
em não querer vê a realidade nua e crua dos acontecimentos alarmantes, devido o
número crescente de doentes e mortos, por falta de cuidados preventivos, cujas medidas
sanitárias (lavar as mãos, uso de álcool em gel, uso de máscaras e
distanciamento social), são fartamente divulgadas pela mídia e redes sociais, por
isso, a meu juízo, a citação do Ministro, “ que no país deve ser dito o óbvio’,
parece não ser mais o óbvio, dizer o óbvio (lavar as mãos, uso de álcool em
gel, uso de máscaras e distanciamento social), como forma de evitar as
consequências óbvias, que é a propagação do vírus.
É certo que Deus é o melhor médico, ele é quem
literalmente nos salva. Por outro lado, embora não conste na Bíblia transcrição
na íntegra, dizem que Deus disse: “faça por ti que eu te ajudarei.” Portanto, parece
ser óbvio, fazer o óbvio (cada um faça a sua parte), diante do recrudescimento
dos casos de Covid-19. Porém, não é isso que acontece.
Sendo assim, resta-nos fazermos o óbvio (lavar as
mãos, uso de álcool em gel, uso de máscaras e distanciamento social) ou apostar
unicamente na esperança de combatermos o vírus sem que cada um, governo e as pessoas,
façam sua parte, acreditando apenas no que disse Carlos Drummond de Andrade: “Esperança
é a planta que germina mesmo não semeada.” Entao, muita calma nessa hora!
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José de Ribamar Viana, OAB/MA 8521
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