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Mostrando postagens de 2020
 CARTA AO PAI DO CÉU Bacabal-MA, 09 de agosto de 2020. Senhor,  Eu vos agradeço pela vida dos pais que vós permitistes viver até aqui. Eu clamo a vossa  misericórdia para que continueis lhes poupando a vida. Meu Pai do céu, quantos dos vossos filhos que também são pais, no mundo inteiro, inesperadamente, deixaram as suas famílias! Tendes misericórdia, meu Pai!  Ó, Senhor, não negues ao meu pai, o mestre de obras seu SOUSA, como bem era conhecido, a vossa salvação eterna, pois ele partiu na esperança da ressurreição.  Aqui, meu Pai do céu, eu vos peço o vosso abraço paterno salvívico. Desde o dia 05 de maio de 2012, falta-me o abraço mais aconchegante e forte que ja pude receber, pois de minha mãe os abraços eram suaves terapias para cura da alma. Era o meu pai que abraçava apertado.  Este dia dos pais de 2020 vem mais intenso na dor que sinto, não consigo ficar indiferente a mais de cem mil e quinhentas mortes só pela COVID-19; não consigo compreender o porquê da morte dos três policia
O Diálogo necessário e pacífico faz crescer.  Sábado passado, 18 de julho, eu publiquei aqui no blog o texto O que Bacabal aprendeu ou pode ensinar sobre a COVID-19? e compartilhei com os internautas. Fui surpreendida com essa sábia e pessoal reflexão de uma qualificada leitora, a professora e advogada, dra Elma Barros, que me deixou "autorizadíssima” publicar o texto e eu com alegria transcrevo-o com os registros de dia e hora do nosso diálogo. [19/7 11:30]  Bom dia! [19/7 11:40] Quando você fala de fenômenos naturais como ciclone, tufão, terremoto etc, no quintal alheio, lembrei de algo que li já há muito tempo. O texto que li dizia que no Brasil não temos furacão, terremotos etc, mas temos algo que destrói a humanidade tanto quanto ou pior que esses fenômenos naturais, que é a corrupção. [19/7 11:45] A corrupção é uma “ peste ” no Brasil e ocorre por vontade dos homens, pela mais pura ganância, pelo desejo exacerbado do poder, pela ausência de empatia e amor ao pr
O QUE BACABAL APRENDEU OU TEM A ENSINAR SOBRE COVID-19? Penso a vida e me vem à tona o fatídico momento pandêmico porque passa a humanidade, nos últimos dez meses e, é claro, relaciono-o às intempéries e desastres das duas últimas décadas. Aqui estou eu me perguntando no que esses fatos ou fenômenos já mudaram na atitude de cada pessoa humana de forma positiva? Há pretensa expectativa de que a pandemia ocasionada pelo novo corona vírus, transmissor da COVID-19, promova essa mudança! Eu, sinceramente, desejo mais do que espero. O desrespeito a nossa Casa Comum tem nos submetido a toda sorte de desgraças, frequentemente veiculadas nos noticiários do mundo inteiro: furacão, tsunami, terremoto, ciclone, tufão, desabamento de prédios e de terras, rompimento de barragens, incêndios, etcetera, etcetera, etcetera. Todos esses fatos ou fenômenos deixaram rastros intensos e profundos de morte, destruição e dor na humanidade. Como nos apresentamos como pessoas humanas após esses aconte

PARA UM POETA QUE PARTIU...

Ainda que o poeta não mais suspire em lampejos de inspiração, ainda que o seu corpo inerte deite à terra fria, ainda assim, a poesia eterniza o ser-poeta na métrica de sua legítima imortalidade.  Eu recebi com imensurável pesar a notícia de morte física do poeta pedreirense SAMUEL BARRETO, escritor de grande iluminação e voz poéticas e proféticas. A literatura perde um grande nome e eu perco um amigo de papos inspiradores. Não tenho palavras para externar a minha tristeza com a sua partida, para homenageá-lo reuni os títulos de algumas de suas poesias e assim o descrevo, o decanto e me despeço com a gratidão de quem usufruiu de sua infinita capacidade de expor a alma em prosa e verso. "Peguei carona no Caderno de Passagens E no Caderno escrevi meus versos A Passagem fez Trilha no Caderno Os Olhos da Rua marejados de saudade Marcavam o Regresso e fitavam A Rua Como criança inquieta joguei Bola na Rua Seguindo Os Passos da Partida Acinzento As Horas E volta a casa de
Trabalho e Rendimento: a força do trabalhador. “Somos chamados ao trabalho desde a nossa criação. Não se deve procurar que o progresso tecnológico substitua cada vez mais o trabalho humano: procedendo assim, a humanidade prejudicar-se-ia a si mesma”. Foi enfático o papa Francisco na parte inicial do documento 128, da sua Encíclica Laudato Si, publicada em 2015. Não menos enfático fora ao afirmar: “O trabalho é uma necessidade, faz parte do sentido da vida nesta terra, é caminho de maturação, desenvolvimento humano e realização pessoal” (FRANCISCO, Laudato Si, 128). E segue: Ocupa lugar comum a expressão o trabalho dignifica o homem, embora os dados não evidenciem muito esforço para garantir essa dignidade que provém do trabalho para pelo menos 12,9 milhões de pessoas, conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio – PNAD Contínua, publicada dia 30 de abril, referente ao primeiro trimestre do ano de 2020, o que ainda não está associado diretamente a crise sanitária provoc
CRISE SANITÁRIA OU CRISE POLÍTICA: O QUE SE PODE APRENDER PARA NÃO SE REPETIR NO PRÓXIMO CENTENÁRIO?       Quem olhar desatenciosamente apenas perceberá uma entre as muitas crises que o nosso país está inserido. E não é surpresa dizer que atinge a cidade centenária de forma intensa, aliás, são os idosos que estão condicionados a serem deixados a míngua caso haja colapso no sistema único de saúde, alguns países tiveram que fazê-lo. Mas para um município cem anos não lhe traz velhice, percebe-se maus tratos desde o seu nascimento.      Há crises e a mais forte delas, causando metástase, é essa provocada pelo capitalismo que desencadeia: sobrevida e desigualdade; insegurança e violência; e, obscurantismo e corrupção. O capitalismo, apesar da pandemia, ainda não se encontra em crise, não, não é a crise do capitalismo, falo das crises que ele desencadeia que causam tanto mal ao ponto de  alguns pensarem que o próprio sistema capitalista esta ruindo. Não sou economista, no entanto,