Penso a vida e me vem à tona o fatídico momento pandêmico porque passa a humanidade, nos últimos dez meses e, é claro, relaciono-o às intempéries e desastres das duas últimas décadas. Aqui estou eu me perguntando no que esses fatos ou fenômenos já mudaram na atitude de cada pessoa humana de forma positiva? Há pretensa expectativa de que a pandemia ocasionada pelo novo corona vírus, transmissor da COVID-19, promova essa mudança! Eu, sinceramente, desejo mais do que espero.
O desrespeito a nossa Casa Comum tem nos submetido a toda sorte de desgraças, frequentemente veiculadas nos noticiários do mundo inteiro: furacão, tsunami, terremoto, ciclone, tufão, desabamento de prédios e de terras, rompimento de barragens, incêndios, etcetera, etcetera, etcetera. Todos esses fatos ou fenômenos deixaram rastros intensos e profundos de morte, destruição e dor na humanidade. Como nos apresentamos como pessoas humanas após esses acontecimentos? Necessariamente, as mudanças não foram perceptíveis, acontecia no quintal alheio!
A COVID-19, um fato ou um fenômeno, não se fez de rogada, virou pandemia e afetou o mundo, chegou ao meu e ao seu quintal. E agora? Urge que façamos a mudança que desejamos e esperamos, agora!
Quatorze milhões, cento e sete mil e cinquenta e dois casos confirmados de COVID-19 por todo o mundo, mais da metade, digo, sete milhões, oitocentos e noventa e quatro mil, oitocentos e noventa recuperados... estou pensando a vida... Seiscentos e dois mil, seiscentos e cinquenta e sete mortes. Vidas ceifadas! Dados divulgados dia 18 de julho, no endereço eletrônico https://br.tradingview.com.
O Brasil não quis “botar a barba de molho”, registra hoje (18) dois milhões, sessenta e seis mil, trezentos e vinte e oito casos confirmados, mais de um milhão e trezentas pessoas já recuperadas... eu só consigo pensar a vida... setenta e sete mil, oitocentos e cinquenta e um óbitos. Vidas ceifadas, negligenciadas pelo governo de um presidente que assumidamente diz não está nem aí.
O nosso Maranhão precisa realinhar decisões para proteger a sua população, pois os números não são para se aquietar e dormir bem enquanto registra cento e cinco mil, cento e oitenta e três casos confirmados, oitenta e nove e trinta e uma pessoas recuparadas... sigo pensando a vida... duas mil, seiscentos e quarenta mortes. Vidas maltratadas, tombadas, ceifadas.
A terra das bacabas não se preveniu, viu a desgraça alheia e deixou tudo como estava, foi recebendo recursos com objetivos de reestruturar a rede de saúde, nada menos que R$ 79 milhões de reais, no entanto, fechou as Unidades Básicas de Saúde em vários bairros, fechou o Hospital Geral (que também pode ser chamado Socorrão, Materno, Santa Joana etc). Ah! Não devo ser injusta, entregou a UPA e chamou de Hospital de Campanha. Está valendo, queremos os bacabalenses sendo atendidos. Opa! Não estão sendo?
Pois é, não são poucas as pessoas que procuram atendimento, mas não são testadas e as alegações são diversas, outras testam em laboratórios particulares, entram para as estatísticas de COVID-19 do município, mas não recebem um telefonema como forma de monitoramento dos casos. Subnotificação também é outra situação preocupante. Enquanto isto, a propaganda governamental, usando o nome de Deus em vão, se vangloria dos seus feitos.
O último boletim da SEMUS Bacabal registrou 3.306 (três mil, trezentos e seis) casos confirmados; 2.450 (duas mil, quatrocentas e cinquenta) pessoas curadas; cá estou eu pensando a vida... 100 (cem) óbitos. Vidas sem vida, sem cova, sem chão.
Cá estou eu pensando a vida... Todas as vidas importam!
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Liduina Tavares - professora, ex-vereadora, militante social e politica - 18 de julho de 2020.
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Liduina Tavares - professora, ex-vereadora, militante social e politica - 18 de julho de 2020.
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