Nas portas do degredo ao qual fui condenado
Vejo fechar-se e prender-me a cadeia infernal
Transforma-me em sofredor em confissão descrente
Terrível dor que me fez triste e moribundo animal.
O sonho que eu sonhei foi para te dar o firmamento
Que importa? Dorme em paz que o teu labor é findo
Pois não aceitaste meu amor como presente, infelizmente
Olhou para meu penar e inclemente foste embora rindo.
Neste louco vagar, nesta marcha pretendida
Onde me encontro sem tua guarida desejada
Tu foste como o sol, uma fonte de vida.
Tudo que sonhei e ainda sei, dentro de te existe
Que mesmo sem poder te amar, ainda sonho
Na mesma solidão, da mesmíssima hora triste.
*Renato Dionísio*
Comentários
Postar um comentário