As rosas não falam
Recebi as rosas, o chocolate, o chapéu, o salto Luís XV, as luvas, a bolsa, o batom, o esmalte de unhas, etc; recebi todas as homenagens e respondi a todas com um verdadeiro muito obrigada e o sincero elogio pela sensibilidade.
Porém, não posso deixar de pedir aos homens e mulheres de boa vontade, representantes políticos e todas as autoridades constituídas para lutarmos contra toda forma de violência, de modo particular a que vivem as mulheres. Os números denunciam:
- 11 estupros por hora;
- 1 espancamento a cada 24 segundos;
- apenas 35% das violações notificadas;
- 1 milhão de abortos clandestinos por ano; - vitimização institucional (policial, de saúde);
- só 10% de mulheres no Congresso;
- PL5069;
- cultura do estupro;
- apenas 2/3 dos salários recebidos por homens;
- quase 60% das mulheres vivenciando assédios no ambiente laboral;
- 7h a mais de trabalho semanal por mulheres que são casadas;
- maternidade compulsória;
- violência obstétrica;
- objetificação do corpo;
- silenciamento e invisibildade de denúncias;
- repressão e julgamento moral e sexual;
- rituais perversos de feminilidade;
- padrões de beleza doentes;t
- transtornos alimentares, baixa auto-estima, ansiedade e insegurança;
- imposição de docilidade, submissão e passividade;
- impedimento ao respeito no espaço público;
- medo e angústia.
- medo e angústia.
Ao constatar todos esses dados lamento: as rosas não falam...
Sempre na luta, mulheres! Para então vivermos um Feliz Dia.
Liduina Tavares – 08/03/18
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