UM NOVO COMEÇO
Dois mil e dezoito já começou! Calmo, tranquilo como se tudo estivesse às mil maravilhas. Eu, por sinal começo do mesmo jeito que terminei dois mil e dezessete. Com as mesmas divididas, as mesmas dificuldades, a mulher desempregada e uma confiança assim...meio desconfiada na expectativa que nos enganou o tempo de trezentos e sessenta e cinco dias, que vai se arrastar ainda não sabemos por quantos.
A calmaria de dois mil e dezoito chega a dar impaciência, nada de novo acontece pra sacudir os nossos anseios, nada que nos faça acreditar que o amanhã vai ser melhor...só temos incertezas e a vontade que tudo vai dar certo.
Enquanto isso, hoje acordei com mais dores nas articulações e no corpo um tanto à mais de cansaço.
Na cabeça, a brancura dos meus cabelos parecem mais brilhosos e reluzentes denunciando ainda mais o meu envelhecimento.
Em meio a tantos tropeços, me conformo com a minha idade porque os males verdadeiros da velhice não se apoderaram de mim: o alzaimer que faz o esquecimento e poderia impossibilitar de pensar e o parkson que me deixaria com as mãos trêmulas e me impossibilitaria de escrever versos de amor.
Ainda recheado de otimismo apesar dos percalços de dois mil e dezessete, esperamos em dois mil e dezoito, que os saldos sejam positivos para que possamos viver em tempos de auto estima.
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Raimundo Cavalcante - poeta, compositor, romancista
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Raimundo Cavalcante - poeta, compositor, romancista
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