A luta por direitos e por uma sociedade sem exploração e opressão.
Por Maria Dirlene Trindade Marques
Os direitos estão sempre situados em uma determinada sociedade. Não existem pairados abstratamente, mas somente quando as pessoas os exigem, ou se elas estão conscientes de sua falta. Nossa sociedade é extremamente carente de direitos os mais elementares, que são ignorados e desprezados a todo instante. Por exemplo, os direitos dos trabalhadores a um salário digno sempre foi negado.
Os trabalhadores das fabricas são as pessoas mais desfavorecidas no capitalismo. Por isto, os movimentos operários sempre tiveram de se preocupar com a exigência de proteção individual e social dos seus integrantes, desempenhando, com isso, um importante papel no desenvolvimento dos direitos humanos, individuais e coletivos.
No final dos anos 1960, e em especial, a partir da década de 1980, os movimentos das chamadas minorias têm crescido e adquirido um progressivo reconhecimento. Nos anos mais recentes, com o recuo dos movimentos sociais, o conservadorismo e o fundamentalismo econômico e religioso avançam sobre os direitos e conquistas dos trabalhadores e dos setores discriminados.
E, também acaba repercutindo sobre o povo brasileiro, as mobilizações pelo mundo contra as explorações e opressões. Além disto, o projeto neo-desenvolvimentista brasileiro, vai encontrar limites nas duas pontas que o sustentavam: de um lado, a crise econômica que dificulta a continuidade das concessões focalizadas; e, de outro lado, a ausência da liderança carismática que centralizava todo o poder.
Mesmo sem atividades massivas, os movimentos espalhados por todo o Brasil, continuaram se organizando de forma autônoma estudando e denunciando o que os afetavam diretamente. É a contradição do projeto, levando à organização popular. São lutas localizadas, e se vistas cada uma isoladamente, parecem fragmentadas: pelo metrô, pelo passe livre e meio passe; movimento estudantil com diversas bandeiras; movimentos dos atingidos pela copa; atingidos por barragens; luta dos sem terra; dos sem teto; os ecológicos distribuídos em dezenas de entidades a partir das agressões locais ao meio ambiente; movimentos de mulheres; movimentos LGBTT; movimentos contra a violência policial; e vários outros. E, também os trabalhadores retomam suas lutas por salários e condições dignas, fazendo de 2012 o ano de maior numero de greve dos últimos 15 anos.
Já era visível em 2012 o crescimento da participação popular, tanto em greves quanto em manifestações; e que continuaram no inicio de 2013. E, em 2013, os acordos políticos do governo com sua base dos partidos do congresso, levam a presidência da comissão de direitos humanos o deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), um fundamentalista político religioso. Também para exemplificar o avanço do fundamentalismo no Congresso cito o andamento de dois projetos - o do estatuto do nascituro e o da “Cura Gay”. O do estatuto do nascituro retira direitos já conquistados e avança rumo a retomar o controle sobre a mulher, chegando ao limite de impor a ela o seu estuprador como “genitor”. E o da Cura Gay, confronta a postura do Conselho Regional de Psicologia, e passa a impor aos profissionais tratar os Gays como uma doença. Tudo isto deixa a militância e todas as pessoas com o mínimo de consciência, indignados.
Os problemas vêm há anos se acumulando! E a indignação “explode” nas manifestações após a repressão aos movimentos contra o aumento das passagens em São Paulo e no Rio de Janeiro. É a transformação da quantidade em qualidade. Os movimentos tomam as ruas, cada um trazendo toda a sua indignação nos milhares de cartazes estampados nas manifestações.
É pelo trabalho político, na luta pela conquista de novos direitos, pela transformação da realidade social, política e econômica que se estabelece as relações de solidariedade. Limitando e construindo alternativas à ideologia da competitividade. É neste relacionamento que o ser humano novo vai sendo gestado. É nas lutas que as relações de exploração opressão e discriminação vão construindo uma relação mais igual e uma sociedade solidaria.
Sigamos juntos, construindo a sociedade do futuro, a sociedade que as ruas já começaram a erguer!
Senhora, não culpe ao conservadorismo o atraso deste país. Por que já faz mais de 20 anos que os pseudo-liberais e a esquerda tem tomado o poder. Conservadores são o povo brasileiro trabalhador e marginalizado por intelectuais medíocres e políticos corruptos (políticos socialistas). Conservadores são os empresários e os trabalhadores oprimidos pela máquina tributária do estado. Os esquerdistas vivem subsidiados pelo estado.
ResponderExcluirNão culpe os conservadores pela desgraça desse país. Culpe aos esquerdistas, e quem sabe você que talvez ajuda a transformar esse país em um atraso.