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SAÚDE PÚBLICA. QUEM HAVERÁ DE NOS SOCORRER?

O caos instalado na saúde pública do nosso estado há tempos virou caso de justiça, mas pelo visto é exatamente por (in)justiça que a população sofre e nenhum poder se manifesta nem isolado nem de forma pactuada para socorrer os que carecem desses serviços públicos.

Constitucionalmente a saúde é direito de todos e dever do estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação (C.F. 1988, Art. 196).

A promoção da saúde pública tem deixado a desejar quando constatamos os recursos sendo desviados em função de uma politica ou de políticos corruptos; deixa a desejar quando  nos deparamos com postos, verdadeiros centros de saúde, com suas portas fechadas; quando população inteira de cidades vizinhas não dispõem de um hospital e precisam correr para outros centros, sempre colocando vidas em risco.

A proteção à saúde pública é negligenciada na falta de continuidade das políticas, na demora em sua execução e no desvio constante e continuo dos recursos que, se bem aplicados, poderiam erradicar males que no Estado do Maranhão é quase epidemia, em outros mais pobres é história do passado, na qual a medicina ainda não contava com os avanços tecnológicos da modernidade.

Lástima mesmo é o descaso em relação às ações e os serviços para a recuperação da saúde pública, aqui o cidadão usuário desses serviços enfrenta seu maior desafio. Entre tantos pontos vamos destacar a falta de médicos, remédios, procedimentos adequados, mão de obra qualificada no trato com o ser humano, ainda podemos acentuar o descaso dos três poderes com a vida. 

Hoje, 03/03, passei uma mensagem para um amigo bacabalense que está internado em São Luis há dois meses e ele me disse que o hospital São Luis é mais uma enrolação do governo, pois as enfermarias estão superlotadas, descobriu até que o hospital não foi construido neste governo, mas sim foi reformado, pertence a familia de Remi Trinta e o Estado alugou a peso de ouro. 

Mas o que me parece mais grave em sua declaração é o fato de que em São Luis Estado e Municipio brigam e não valorizam a vida, pois os pacientes renais internados no Socorrão e no Hospital São Luis, alguns já poderiam estar de alta médica, mas não conseguem agendar sessões de hemodiálise, portanto, permanecem internados. Aí está o drama: os que precisam de leito estão fora dos hospitais e os que precisam de  hemodiálise, que poderia ser feita fora da internação, estão internados.

Este é o NOVO TEMPO de uma estado de 400 anos de pobreza politica. MUDA, MARANHÃO!

   

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