O Brasil está de “cara pálida” e
sorriso amarelo: todo sem graça. Pois os parlamentares brasileiros que apoiam o
governo do desembesto, especialmente, o presidente do senado, não mais encontram argumentos, suficientes e convincentes, para
os seus pares, dito, veementemente, oposicionistas, para desmentir aquilo que
todo brasileiro sabe que é verdade: o desperdício de dinheiro na compra da
refinaria de petróleo. Eu, simples cidadão brasileiro, leigo que sou em matéria
de instalação de CPI-Comissão de Processo Investigativo,
percebi, quando assistia ao debate entre os senadores da república, que o
senador Renan Calheiros, que mais parecia um “grilo” falante, pois falava,
falava, falava, mas não acrescentava uma vírgula para convencer seus
interlocutores, estava, também, com um sorriso debochado, asqueroso, “amarelo”.
Tentava de todas as formas, alegando não sei o quê, boicotar a criação da CPI
da Petrobrás. Vi estampado naquele rosto descarado, de sorriso maroto, a
hipocrisia, a mentira; a falta de compromisso com o povo que o elegeu.
A falta de caráter de alguns “políticos” de mente fértil e
perniciosa, macula a classe política do Brasil. Estes adjetivos nada glamoroso
a faz sobressair-se, negativamente, entre todas, incluindo a classe política de
outros países. Na realidade não elegeu
um político, elegeu mais um daqueles que procuram esconder-se atrás das prerrogativas de um
parlamentar. Quem não se lembra do escândalo, de desvio de dinheiro público, em
que ele, Renan Calheiros, hoje, presidente do Senado Nacional, era o chefe da
“Gang”, em que esteve envolvido? E, para se safar, renunciou ao mandato que o
povo lhe outorgou. Artifício este que lhe deu o direito de se candidatar logo
nas eleições seguinte e, novamente, pela falta de consciência política do nosso
povo, elegeu-se, para infelicidade da nação. Assim é o procedimento, comum e
natural, que mais dois parlamentares lançaram mão para se livrar de uma
investigação de suas condutas ilícitas. É uma vergonha! A frase, não dita por
Charles De Gaulle, mas por um embaixador brasileiro Luís Edgar de Andrade, na
França, cai muito bem nos nossos dias atuais: “o Brasil não é um País sério”.
Com isso, no entanto, não quero aqui generalizar. Existem homens e mulheres
sérios. Trabalhadores de todas as profissões: carroceiros, pedreiros,
carpinteiros, biscateiros, diaristas, domésticos, médicos, engenheiros,
arquitetos, comerciantes, empresários, etc., e, até, políticos, mas digamos de
passagem, ô safra ruim que temos agora! Os prefeitos nem se fala, cada um que
entra na política tem um único objetivo: enganar o povo e enriquecer. Nos dias
atuais, a política tornou-se um investimento muito lucrativo. A exemplo disso,
não é preciso ir muito longe, Bacabal é quase um celeiro dessa estirpe de
mercenários, basta tirar a fenda dos olhos. Vejam os últimos 25 anos de
Bacabal, quem esteve por trás da política daqui?
O atual prefeito é um exemplo
incontestável desta prática. No mínimo ele quer de volta o que ele investiu,
diga-se, nas duas candidaturas, acrescida de um lucro faraônico incompatível
com os de mercado. É hora do povo dar resposta aos políticos corruptos deste
país. Não adianta as manifestações se, nas próximas eleições, continuarmos a
votarmos nos mesmos de antigamente. Digo
de antigamente, porque uma boa parte desses que estão desfrutando do poder e dos privilégios estão para cair os
dentes: é preciso urgentemente renovar a nossa consciência política e escolher
melhor os nossos representantes. Caso contrário não adiantou nada o povo ter
ido para as ruas demonstrar suas insatisfações, mesmo fazendo um quebra-quebra.
Penso até que foi - um mal necessário - para chamar, de forma contundente, a
atenção da presidente Dilma e sua bancada de políticos aproveitadores e inertes.
Na realidade estavam em estado de letargia, e, também, para ficarem sabendo que
o povo sabe o que quer. No quebra, quebra ficou claro uma coisa: o povo não
aguenta mais tanto descaso daqueles que foram eleitos exatamente para
solucionar os problemas da saúde, da educação e da segurança. Nós precisamos
apenas – indignarmo-nos - com as atitudes de alguns dos nossos políticos. Não
elejamos os corruptos, mas aqueles que nos fazem
representar bem: com suas ideias, seu caráter e fidelidade aos compromissos com
o povo.
(Crônica de Horácio Jardim Belo)
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