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EDUCAÇÃO DURKHEIMIANA: UMA ANÁLISE COMPARATIVA AO FILME CAPITÃO FANTÁSTICO

Bartolomeu dos Santos Costa

tstbartolomeu@gmail.com

Graduando do Curso de Licenciatura em Ciências Humanas/Sociologia

Universidade Federal do Maranhão – Bacabal

 

                

RESUMO

 

Este artigo tem como objetivo discorrer sobre as principais ideias quanto a natureza, o papel, a definição e os antecedentes sociais relacionados ao fenômeno da educação no primeiro capítulo da obra Educação e Sociologia de Émile Durkheim, que tem como título A Educação, sua natureza e seu papel; relacionando as ideias desse capítulo referentes à educação com as ideias presentes no filme Capitão Fantástico, identificando assim, passagens do filme que remetem às concepções de educação presentes nesse capítulo do livro. A partir disso, busca-se o estabelecimento de um diálogo entre a sociologia da educação durkheimiana e os elementos relacionados ao assunto que podem ser extraídos do filme. Como metodologia foi utilizada a revisão bibliográfica da referida obra e de outros textos, bem como, a análise do filme. Esse estudo justifica-se pela necessidade de entendermos minimamente a dinâmica social a partir da perspectiva da educação, através de seus mecanismos na visão de Émile Durkheim e como as produções em massa contribuem para reprodução de uma narrativa sobre o conceito de educação e estratégias de socialização de meninos e meninas.

 

PALAVRAS-CHAVE. Educação. Émile Durkheim. Capitão Fantástico. Sociedade.

 

 

INTRODUÇÃO

 

A educação é um mecanismo que permite, por vários processos, que os homens que formam a sociedade desenvolvam competências e as significam nas práticas de vivência cotidiana. Assim, a educação existe para atender as necessidades sociais e como diz Durkheim, tem por objetivo fazer, produzir e forjar o ser social. (DURKHEIM, 2004).

Portanto, a educação faz parte da humanidade e tem um papel indispensável na vida dos indivíduos de determinada sociedade. Ao nascer, uma criança é inserida em uma sociedade logo em seus primeiros dias quando recebem seu nome que, junto aos nomes dos pais, vão atestar que ela existe e faz parte daquela sociedade, atestada pela certidão de documento. Essa inserção inevitavelmente é nutrida de um contexto cultural que norteará a educação desse indivíduo.

Nesse sentido, para Libaneo (1994, p. 17), o objetivo da educação é “[...] prover os indivíduos dos conhecimentos e experiências culturais que os tornam aptos a atuar no meio social e a transformá-lo em função de necessidades econômicas, sociais e políticas da coletividade”.  

Para Read (2001, p. 9), o objetivo da educação é “[...] propiciar o crescimento do que é individual em cada ser humano, ao mesmo tempo em que harmoniza a individualidade assim desenvolvida com a unidade orgânica do grupo social ao qual o indivíduo pertence”.

Desse modo, a educação objetiva deixar o indivíduo apto a viver em sociedade, criando um novo ser no homem diferente do individual, o ser social, coletivo (DURKHEIM, 2011), com a introjeção de regras, normas e valores que o permitirão transitar por diferentes esferas sociais e espaços físicos e simbólicos.

Nesse sentido, a literatura existente sobre a temática da educação corrobora para diferentes perspectivas e concepções de educação, pois, para alguns autores não existe uma educação, mas educações. Desse modo, será abordado alguns elementos que caracteriza essa pluralidade educacional.

Portanto, o objetivo que norteia esse trabalho é versar sobre as principais ideias quanto a natureza, o papel, a definição e os antecedentes sociais relacionados à educação presentes no primeiro capítulo da obra Educação e Sociologia de Émile Durkheim, que tem como título A Educação, sua natureza e seu papel. Foi feito, nesse sentido, uma relação entre algumas noções da educação durkheimiana no texto analisado com elementos presentes no filme Capitão Fantástico, com o objetivo de identificando passagens do filme que remetem às concepções de educação presentes nessa obra. Desse modo, busca-se um diálogo entre a sociologia da educação durkheimiana e as ideias relacionados ao assunto, extraídas do filme.

Para tal, o método utilizado foi a revisão bibliográfica do texto base, bem como, de outros que versam sobre a educação, como também a análise do filme.  Tais abordagens justificam-se pela importância de entendermos minimamente a dinâmica social a partir da perspectiva da educação e de seus mecanismos relacionados a uma visão durkheimiana flexível e ampla, para além de um modelo único e de uma definição universalista de educação.

O filme Capitão fantástico é dirigido por Matt Ross, com produção de Monica LevinsonJamie Patricof , Shivani Rawat , Lynette Howell Taylor, distribuído pela Universal Pictures. Seu país de origem é o Estados Unidos da América – EUA. Foi lançado no Brasil em 22 de dezembro de 2016.

O filme conta a história de Ben, um pai de seis filhos: Bodevan, Kielyr, Vespyr, Rellian, Zaja e Nai. Com um pensamento que flerta com o Marxismo, Ben opta por criar seus filhos em uma floresta longe da sociedade capitalista, os educandos a partir de clássicos como George Eliot, Dostoiévski e Karl Marx. Além dessa educação a partir de clássicos da Literatura, Sociologia, Filosofia, entre outros, Ben também educa seus filhos para a resistência física e para situações diversas da vida cotidiana, denotando assim, uma diversidade de formas possíveis de educação.

Bem, juntamente com seus filhos discutem temas político-sociais complexos como, por exemplo, obesidade, porque celebrar o natal ao invés do “Dia de Noam Chomsky”[1], pois para eles, tem mais sentido comemorar o nascimento de alguém que representou mudanças reais para sociedade a qual fazem parte. Discutem também, o fundamentalismo religioso, entre outros. Em suma, as questões políticas e sociais presentes no filme não são tratadas de maneira simplificada por Ben e seus seis filhos.


CONCEITOS DE EDUCAÇÃO APONTADOS E DISCUTIDOS POR DURKHEIM

 

Durkheim começa o texto apresentando um conceito de educação que, segundo ele, tem sido por diversas vezes usado em sentido amplo, para designar o conjunto de influências que os homens sofrem por outros homens sobre sua inteligência e/ou vontade. Segundo Durkheim (2011, p. 43), Stuart Mill compreende a educação como “[...] tudo o que fazemos por conta própria e tudo o que os outros fazem para nós com o objetivo de nos aproximar da perfeição e da nossa natureza”. (DURKHEIM, 2011, p. 43).

Durkheim (2011) critica essa definição de Mill, pois, segundo ele, ela pode ter significados diversos e pode trazer confusões em sua compreensão. Acrescenta ainda, nosso autor, que a educação segue sendo a influência que os adultos podem exercer nos jovens e não como a que Mill afirma, aquela que também pode ser a influência de um adulto sobre outro.

Segundo Durkheim (2011, p. 44), a educação para Kant tinha o objetivo de “[...] desenvolver em cada indivíduo toda a perfeição da qual ele é capaz”. Entretanto, nosso autor questiona o que é esse ideal de perfeição, pois para ele, essa se desenvolve em todas as áreas que o ser humano tem possibilidades. Durkheim segue criticando e afirma que esse ideal de perfeição em relação à educação é antagônico ao que compreendemos hoje, pois, temos papeis e tarefas específicas firmadas em nossa capacidade. Nesse sentido, acrescenta o autor, que não se pode dedicar a todas as áreas que existem, devendo-se focar em algo que se seja apto.

A seguir, aponta ainda, o autor clássico, para a definição utilitarista de educação, segundo a qual, a educação teria como objetivo “transformar o indivíduo em um instrumento de felicidade para si” (DURKHEIM, 2011, p. 44) e para os demais. Nesse sentido, o fim da educação permanece, portanto, indefinido.

Para Durkheim, o ponto de semelhança dessas teorias, o qual é um erro, é que todas partem do pressuposto de que existe uma educação ideal, perfeita e válida a todas as pessoas, e concorda que essa é uma construção utópica e somente uma tentativa de teóricos de universalizar o conceito de educação, que historicamente não há antecedentes para tal compreensão. (DURKHEIM, 2011).


A CONCEPÇÃO DURKHEIMIANA DE EDUCAÇÃO E O FILME CAPITÃO FANTÁSTICO

 

Para Durkheim (2011), a educação sempre assumiu um caráter mutável, flexível e adaptável segundo o tempo e localidade.

Esse entendimento do autor concorda com Brandão (S/D, p. 1-2), quando afirma que:

 

Ninguém escapa da educação. Em casa, na rua, na igreja, ou escola, de um modo ou de muitos todos nós envolvemos pedaços da vida com ela: para aprender, para ensinar, para aprender – e – ensinar. Para saber, para fazer, para ser ou para conviver, todos os dias misturamos a vida a educação. Com uma ou com várias: educação? Educações [...] não há uma forma única nem um único modelo de educação; a escola não é o único lugar onde ela acontece e talvez nem seja o melhor; o ensino escolar não é a sua única prática e o professor profissional não é o seu único praticante. Em mundos diversos a educação existe diferente: em pequenas sociedades tribais de povos caçadores, agricultores ou pastores nômades; em sociedades camponesas, em países desenvolvidos e industrializados; em mundos sociais sem classes, de classes, com este ou aquele tipo de conflito entre as suas classes; em tipos de sociedades e culturas sem Estado, com um Estado em formação ou com ele consolidado entre e sobre as pessoas. Existe a educação de cada categoria de sujeitos de um povo; ela existe em cada povo, ou entre povos que se encontram. Existe entre povos que submetem e dominam outros povos, usando a educação como um recurso a mais de sua dominância. Da família à comunidade, a educação existe difusa em todos os mundos sociais, entre as incontáveis práticas dos mistérios do aprender; primeiro, sem classes de alunos, sem livros e sem professores especialistas; mais adiante com escolas, salas, professores e métodos pedagógicos.

 

Esse aspecto/entendimento, a saber, da diversidade de tipos de educação também aparecem no filme Capitão Fantástico. Isso acontece logo no início do filme quando percebemos o protagonista Ben (Viggo Mortensen), passando aos seus filhos tanto uma educação para a existência e sobrevivência na floresta e em situações diversas, como também, uma educação a base de clássicos da História, Política, Sociologia, Filosofia, entre outros. Mas isso é perceptível ao longo de todo o filme, inclusive em uma avaliação e comparação entre a educação de uma de suas filhas mais novas, Zaja de 8 anos (Shree Crooks) com os filhos adolescentes de sua cunhada Justin, estudante do ensino médio (Elijah Stevenson) e Jackson, 13 anos (Teddy Van Ee), em que o autor tenta provar à sua cunhada Harper (Kathryn Hahn) que a educação que passa aos seus filhos é tão eficaz quanto a educação na escola e até melhor, pois os tornam resistentes e preparados para situações diversas que podem surgir no decorrer de suas vidas.(CAPITÃO FANTÁSTICO, de 56m a 58m:15s).

Entretanto, o que se ressalta nessa parte do filme é a diversidade de educação existente e não o discurso da educação familiar, em casa, fora das escolas, até porque o ponto interessante é que essa passagem/cena, é semelhante à educação indígena, o que pode refletir a diversidade educacional que se pretende destacar no texto e apontada por Quaresma; Ferreira (2013, p. 239):

 

A educação indígena também não se limitava ao espaço escolar, isto é, à sala de aula, nem ocorria em situações artificiais, pois era possível aprender algo em qualquer tipo de relação social. A educação indígena é construída diariamente, em coletividade, com a participação de todos os integrantes da comunidade, ou seja, os povos indígenas partiam do princípio de que todos educam todos em qualquer situação do cotidiano.

 

Desse modo, para as autoras, a criança socializava-se tanto com a família quanto pelas relações cotidianas da aldeia. Assim, todas as experiências diárias seriam propícias para um aprendizado, mesmo quando a criança brincava com algum brinquedo (QUARESMA; FERREIRA, 2013). Isso corrobora com o que a LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional aponta sobre a educação contextualizada e o lúdico. (BRASIL, 2019).

Destarte, a criança indígena aprende na prática, inspirando-se e juntas aos adultos, pois “a forma de ensinar nas comunidades indígenas tem como princípios inseparáveis a construção do ser, pela observação, pelo fazer, testado dentro de um contexto real”. (MANDULÃO2003, p. 131).

Seguindo Durkheim, é feito um apontamento da variação da educação no decorrer do tempo e de acordo com cada país. Nesse sentido, percebe-se outro aspecto da educação destacado pelo autor, a saber, o fato de a educação nas pólis gregas e latinas servirem como meio de indução à subordinação cega à coletividade. Esse aspecto aparece no filme como submissão ao sistema, ainda que não imediatamente por se ter certa resistência, mas inevitável, por conta da estrutura social que obriga o indivíduo ou um certo grupo, pela necessidade de certos serviços e demandas, a se submeterem à determinada estrutura coletiva.

Desse modo, “[...] a educação ensinava o indivíduo a se subordinar cegamente à coletividade, tornar-se coisa da sociedade”. (DURKHEIM, 2011, p. 46). Ainda sobre a educação no decorrer do tempo e de acordo com a cidade, o autor afirma que:

 

Em Atenas, buscava-se formar intelectos finos, perspicazes, sutis, amantes de proporção e harmonia, capazes de gozar da beleza e dos prazeres da pura investigação; em Roma, desejava-se antes de tudo que as crianças se tornassem homens de ação, apaixonados pela glória militar, indiferentes a tudo o que envolve as letras e artes. Na Idade Média, a educação era acima de tudo cristã; no Renascimento ela adquire um caráter mais laico e literário. (DURKHEIM, 2011, p. 46).

 

Portanto, segundo o autor, ao direcionarmos nosso olhar para a educação do passado e no decorrer do tempo, precisamos estar atentos a seus erros para não os repetir, pois, o ensino de história pode [...] servir para nos poupar a repetição de erros já cometidos”. (DURKHEIM, 2011, p. 47).

Durkheim aprofunda a discussão com a ideia de que é falso pensar que podemos criar nossas crianças (filhos/as) da forma que queremos, pois ao se tornarem adultos e passarem a conviver em sociedade estarão despreparados para uma convivência harmônica em sociedade, pois:

 

Há costumes aos quais somos obrigados a nos conformar; se os transgredirmos demais, eles acabam se vingando dos nossos filhos. Uma vez adultos, estes últimos acreditarão não poder viver em meio aos seus contemporâneos, com os quais não estarão em harmonia. Pouco importa se foram criados com ideias arcaicas ou avançadas de amais; tanto em um caso como no outro, eles não terão condições de viver uma vida normal (DURKHEIM, 2011, p. 48).

 

Isso acontece porque, segundo o autor, em todas as épocas existiu/existe “um tipo regulador de educação do qual não podemos nos distanciar sem nos chocarmos com vigorosas resistências que escondem dissidências frustradas”. (DURKHEIM, 2011, p. 48).

Esse ponto, a saber, de uma educação reguladora da sociedade, é outro aspecto que aparece em vários momentos do filme Capitão Fantástico. Isso porque, como já falado acima, a sociedade impõe algumas necessidades e demandas, inclusive direcionada pela educação, ou seja, uma educação para orientar os cidadãos sobre como procederem e obriga-los a esse proceder, a se sujeitarem às estruturas sociais de poder. Devido análise de Durkheim seguir uma perspectiva funcionalista, para o fundador da Sociologia, a educação teria um papel crucial na definição do tipo de sociedade: guerreira, científica ou mágico/ religiosa.

Essa regulação e imposição que utiliza a educação como ferramenta se dá, por exemplo, pela necessidade de se cursar um curso superior para a possibilidade de sucesso na vida profissional e, consequentemente, financeira, e daí garantir uma boa qualidade de vida para sua prole de forma a se realizar um ciclo contínuo desse processo; a necessidade de status, influência para todo “esse sucesso” e, por conseguinte, relações poder, até mesmo para ser um dos agentes individuais de regulação da educação nas instituições e, a partir de dinâmicas de poder, impor um espírito de disciplina. Esse uso de poder e imposição de um espírito de disciplina, mas sem a autonomia da vontade apontada por Durkheim e que, segundo ele, se completam entre si (FILLOUX, 2010) aparece de forma explícita no filme.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

O sistema social, de várias formas, e a educação é uma delas, influencia na vida dos indivíduos de modo que esses não se constituem autonomamente para tomarem suas próprias decisões e fazerem suas escolhas, até porque, não possui recursos materiais, intelectuais e simbólicos para isso. Essa regulação social pela educação é imposta pelo capitalismo com uma ideia enganosa de autonomia, para facilitar o condicionamento e controle social sem que os sujeitos percebam. Assim, o sistema influencia na educação de todos, todas e todes, induzindo-os para uma vivência social conforme a necessidade de manutenção do sistema capitalista.    

  A educação não é, pois, para a sociedade, senão o meio pelo qual se prepara, no íntimo das crianças, as condições essenciais da própria existência. Nesse sentido, representa:

 

[...] a ação exercida pelas gerações adultas sobre aquelas que ainda não estão maturas para a vida social. Ela tem como objetivo suscitar e desenvolver na criança um certo número de estados físicos, intelectuais e morais exigidos tanto pelo conjunto da sociedade política quanto pelo meio específico ao qual ela está destinada em particular. (DURKHEIM, 2011, p. 54).

 

Nessa lógica, para Durkheim, a educação serve como ferramenta de controle social voltada para as necessidades da sociedade em vigência em determinada época e contexto sócio-cultural-econômico. Desse modo, a educação em um contexto geral, prepara os jovens para conhecerem e manipularem as regras do jogo social e político de determinada sociedade, sobretudo nas sociedades modernas e contemporâneas capitalistas. Nessa perspectiva, torna-se sujeito e fruto de um duplo processo dialético ora de sujeição, ora de subjetivação e construção de si.

 

RFERÊNCIAS

 

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é educação. Disponível em: < https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/1992579/mod_resource/content/1/O%20que%20e%20educa%C3%A7%C3%A3o.pdf>. Acesso em: 28 de fev. de 2020.

 

BRASIL, LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. 3. ed. Brasília: Senado
Federal, Coordenação de Edições Técnicas, 2019.

 

CAPITÃO Fantástico. Prod. Declan Baldwin et al. Dir. Matt Ross. Estados Unidos: Eletric City Entertainment; ShivHans Pictures, 2016. (1h59m29s).

 

 

DURKHEIM, Émile, 1858-1917. Educação e Sociologia. Trad. Stephania Matousek. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.

 

DURKHEIM, Émile. As regras do Método sociológico. São Paulo/SP: Martin Claret, 2004.

 

FILLOUX, Jean-Claude. Émile Durkheim. Trad. Celso do Prado Ferraz de Carvalho; Miguel Henrique Russo. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana, 2010.

 

LIBANEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.


QUARESMA, Francinete de Jesus Pantoja; FERREIRA, Marília de Nazaré de Oliveira. Os Povos Indígenas e a Educação. Revista Práticas de Linguagem. v. 3, n. 2, jul./dez. 2013.

 

MANDULÃO, Fausto da Silva. Educação na visão do professor indígena. In: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Diversidade na Educação: reflexões e experiências. Brasília: Secretaria de Educação Média e Tecnológica, 2003.

 

READ, Herbert. A educação pela arte. São Paulo: Martins e Picosque Fontes, 2001.366 p.




[1][1] Noam Chomsky é professor e ativista político norte-americano que nasceu 1928 na Filadélfia, Pensilvânia, Estados Unidos. Ver biografia completa em:< https://www.ebiografia.com/noam_chomsky/>.

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