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O CHECKMATE DA POLÍTICA
Tomados pela surpresa do crescimento com ocupação dos espaços pelos partidos de (extrema) direita, as outras siglas partidárias buscam a sua identidade nesse espectro ou se alinham mais à esquerda. Os palcos da política nacional refletem os bastidores da política municipal? Há alguma estranheza comportamental? Começou o jogo!
Nacionalmente, há a assombração da reeleição de Jair Bolsonaro e com isso o fortalecimento da direita. Esse fato leva os partidos a uma dita reorganização interna com mudança do discurso, na tentativa de pegar carona nos "fenômenos", tentam uma
reaproximação com o povo, o eleitor, porém, mantém as mesmas estratagemas de manipulação e enganação.
Na esfera municipal damas e reis confundem a largada e se lançam, eles na ala das damas e elas na ala dos reis e o corre-corre das siglas rumo ao xadrez dos bastidores da política para as eleições 2020 está iniciado.
Bacabal não foge à regra, recentemente houve um frenesi dos partidos, realizando encontros, seminários, congressos, convenções ou o que mais se possa chamar as reuniões públicas para dizer ao povo, através dos discursos aos presentes ou veiculados pela mídia, que não morreram e que já estão se curando do mal dos quatro anos, a doença ocasional que leva os partidos políticos a total inércia, omissão, casuísmo e conveniência até próximo às campanhas do pleito seguinte. Doença grave, mas de cura quase segura!
O resultado desse intenso trabalho de se mostrar vivo culminou com o lançamento de alguns nomes para a sucessão no Palácio das Bacabas. Os vários nomes pré lançados em eventos públicos ou internos das agremiações tem sua qualidade pessoal e até profissional, o que não se mostra qualificado é o projeto político, aliás não há novidades nesse quesito.
Talvez não haja projeto de cidade melhor para os munícipes!
A pergunta instigante é qual projeto de cidade está em pauta: a) a continuidade do governo feito a seis mãos; b) o retorno do grupo que já passou por lá governando também a seis mãos; c) o surgimento da terceira via forjada nas lutas e enfrentamentos das mazelas sociais e políticas do município ao longo dos anos; d) uma via de alternância de nome, mantendo a mesma matriz política, suas práticas omissas, convenientes e corruptas, para manutenção e sobrevivência do grupo; ou, e) um salvador da pátria, vindo do púlpito das igrejas numa experiência de fé e política?
De um lado, o atual prefeito é lançado a reeleição em canal de televisão da capital; de outro, o grupo vencido na eleição suplementar de outubro de 2018, alimenta a esperança de ser a bola da vez. A estranheza está exatamente nas siglas que não apoiaram nem esse nem aquele grupo. Hum! Talvez não haja sigla que não esteja atrelada a um ou outro grupo em Bacabal. Surge daí um outro olhar que se desvela pela movimentação dos partidos, tantos pré candidatos lançados e somente dois fazem a polarização, obviamente.
A rainha pode se movimentar tanto nas diagonais quanto nos sentido reto, perto ou
distante. Ela tem os movimentos mais privilegiados do jogo. O rei tem os mesmos movimentos  da dama; porém, são limitados a apenas uma casa por vez. Os bispos podem se movimentar em qualquer uma das casas, perto ou distante. O cavalo é a peça que pode pular outras, sem precisar estar na casa de mesma cor. Enquanto isso, o peão deve se mover sempre na vertical, com limite de apenas uma casa por movimento. A única exceção será no movimento inicial, quando ele tem permissão para andar duas casas.
Xeque-mate!

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Liduína Tavares - professora, membra fundadora
 da Academia Bacabalense de Letras.

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