Pular para o conteúdo principal
A PRÁTICA REFLEXIVA NO OFÍCIO DE PROFESSOR

Trago para a nossa reflexão nesse dia quinze de outubro de dois mil e dezessete, data em que se homenageia o professor, um olhar da professora mestra Maria Luiza Santos Gama, traduzido na obra Planejamento Educacional e Formação de Professores: práticas, sentidos e significados, publicada pela editora Appris, em 2016, onde a autora, logo no primeiro capítulo, destaca o trabalho coletivo docente em contexto de planejamento.
Gama, apoiada em Fiorentini, trata sobre o trabalho coletivo docente nas formas cooperativa e colaborativa com o cuidado de aproveitar o que há de positivo em cada uma das formas e com o zelo de evidenciar a necessária distinção entre elas, apontando para a eficácia da prática em cada contexto.
Sobre a cooperação a autora destaca dois níveis distintos: 1- a cultura docente da colegialidade artificial; e, 2- a cultura docente da balconização.
Quando fala sobre a colaboração a mestra, com ensinamentos de Farias, assim afirma:
               
Na prática do trabalho colaborativo, os professores quando se reúnem para conversar, planejar, ou mesmo tomar decisões sobre alguma atividade da escola, precisam tornar claro para os demais colegas seus entendimentos. Eles se apoiam mutuamente, compartilhando, além de regras, comportamentos e conhecimentos teórico-metodológicos orientadores da ação pedagógica, apoio afetivo no enfrentamento das situações imprevisíveis e urgentes que se deparam em seu trabalho (Gama, 2016, p.38).

                   E ainda no primeiro capítulo a autora continua chamando a atenção para as práticas de planejamento na ação docente sem perder de vista sua necessidade, e segue significando o termo necessidade a partir de vários autores, entre eles Marx (2002, apud Gama 2016, p.79) “ os homens se deram conta de suas necessidades a partir do momento que tiveram consciência delas.” Encorajada ela nos convida, à luz do convite de Celso Vasconcellos: ...precisamos nos aproximar, precisamos somar as forças – ainda que diminutas – dos que desejam, dos que estão vivos e querem lutar pela vida...”
                   Gama quer com esse convite nos chamar para, colaborativamente, superarmos a descrença no planejamento e nos incita o desafio de resgatá-lo possível e necessário em nosso ofício de professor e professora.
                   A prática reflexiva a que me apego ao escrever esse texto, diz respeito à compreensão de que precisamos alargar o nosso passo para chegarmos ao trabalho docente na forma colaborativa. É possível reconhecer algumas dificuldades a serem superadas. É possível superá-las. Sim, nós podemos. Felizes dias, professor(a).


______________________________

Profa Liduina Tavares - Cidadã, Pedagoga, Especialista em Planejamento Educacional e em Fé e Política, ex-Vereadora, Membro Efetivo da ABL, Professora da Educação Básica, em apoio pedagógico no CMT III.



Comentários

  1. Saúdo a companheira Liduina Tavares neste dia do(a) professor (a) e em especial, por compartilhar conosco a proposta de uma prática reflexiva colaborativa nas diversas situações de trabalho docente.

    ResponderExcluir
  2. Saúdo a companheira Liduina Tavares neste dia do (a) professor (a), em especial por compartilhar conosco a proposta de uma prática reflexiva critica colaborativa nas diversas situações de planejamento e trabalho docente.

    ResponderExcluir
  3. A trabalho de educar é essencialmente coletivo e quanto mais compartilhado for, melhores resultados virão. Parabéns minha eterna professora e Amiga Liduína Tavares.

    ResponderExcluir
  4. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

CADÊ OS ALUNOS QUE ESTAVAM AQUI?

   Fazendo uma breve leitura sobre os dados da educação pública de Bacabal, verifica-se que são geridas pela rede municipal 114 escolas; percebe-se ainda que, no intervalo de cinco anos, 2013 a 2017, houve aumento em investimentos por aluno e consequente aumento no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDB, tendo os anos iniciais (1º ao 5º ano) alcançado a média 5,1 e os anos finais (6º ao 9º ano) atingido 4,1, em 2017. Isso é positivo! Precisa melhorar, mas significa avanços.    Um dado, no entanto, chama a atenção quando se lê o gráfico Evolução no número de matrículas X despesas totais em educação, postado no site meumunicípio.org.br, no qual no período de 2013 a 2017, cerca de 2020 matrículas (alunos) são diminuídas ano a ano.     Em 2013 eram 19.919 matrículas, no ano seguinte, 922 alunos ficaram fora dessa contagem e a matrícula caiu para 18.997 alunos no ano de 2014; em 2015, cerca de 243 alunos desaparecem e a matricula nes...

Faces da Política na Terra de Raimundo Sérgio

Confundiram, mentiram, aplaudiram, comemoraram, esfriaram. Dois lados, ninguém ao lado do povo! A população segue seu ritmo, de um ou de outro lado. Coitado do homem massacrado, espoliado pela política dos políticos e seus lados que negam o lado do povo. Enquanto isso: mata-se nos bares, morre-se nos hospitais; salários continuam atrasados, renda não é prioridade; insegurança no banco da praça e no pátio da escola; bem estar não é social, os coletivos andam sozinhos; verba de contingência nega um auxílio, as fotos estampam doações particulares; tratamento para o câncer só na propaganda do outubro rosa, vem aí o novembro azul... janeiro branco; oknenhum tomógrafo (?); Idoso abandonado, mas há festas para idosos; água é privilégio de poucos, e o rio agoniza em dejetos e poluição; o dinheiro público muda o curso das penas, apenados da vida catam lixo nos bolsões da pobreza distante dos olhos; ambiente poluído, seco, destruído, em minutos começam as queimadas; nos senadinhos a polít...

AS MULHERES POR CIMA:

APONTAMENTOS SOBRE A IDEIA DE DESREGRAMENTO FEMININO NO INÍCIO DA EUROPA MODERNA E A INVERSÃO SEXUAL COMO MODO DE RESISTÊNCIA    Bartolomeu dos Santos Costa    Natalie Zemon Davis é uma historiadora estadunidense e canadense, nascida na cidade de Detroit, no estado de Michigan, Estados Unidos. Após ter realizado a sua gradua ção no Smith College e o seu mestrado no Radcliffe College, no ano de 1959, ela conclui seu doutoramento na Universidade de Michigan, estudou também na Universidade de Harvard. Foi professora em diferentes universidades como a Universidade de Princeton, a Universidade Brown, a Universidade da Califórnia e a Universidade de Toronto. Suas pesquisas, enquanto historiadora, incluem trabalhos importantes como Trickster Travels3, The Gift in Sixteenth-Century France The Return of Martin Guerre5 e Women on the Margins: Three Seventeenth-Century Lives. Davis recebeu diversos prêmios e reconhecimentos como o grau honorário da Universidade de St. Andrews e...