Quem conhece a DUDH e a DUDHE?
Hoje, dez de dezembro de 2018, data em que se
comemoram os setenta anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, é
importante lembrar que os governos, juntamente com os seus povos, se comprometeram
em tomar medidas contínuas para garantir o reconhecimento e efetivo cumprimento dos
direitos humanos, anunciados na Declaração.
Tendo sido inspiração para a Constituição Federal
de 1998, na medida em que apontava para o compromisso com os direitos humanos à
vida, à liberdade, à segurança pessoal, à saúde, à educação, à moradia, à
participação na vida cultural, dentre outros, os trinta artigos da DUDH foram
reforçados.
Para comemorar a data histórica a Organização
das Nações Unidas – ONU, no Brasil, promoveu concurso público entre as escolas
de Ensino Fundamental e Médio. Os estudantes deveriam responder à pergunta “Que
mundo queremos nos 70 Anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos?”. A resposta poderia ser expressa em redação ou
artes visuais.
Alunos do país inteiro enviaram as suas
contribuições, mas o destaque pela intensidade da participação de professores e
alunos coube ao Centro de Educação Científica (CEC) que é um dos centros
vocacionais do Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA),
em Caxias. Os alunos Mainã, 12 anos, melhor Arte Visual – Ensino Fundamental,
recebeu certificado e Frankilson, 14 anos e Mágila, 15 anos, receberam menções
honrosas na mesma categoria.
Segundo o site m.nacoesunidas.org Mainã
defendeu a igualdade de direitos da população LGBTI. Para ela, “ninguém deve
ser discriminado apenas por ter uma orientação sexual ou identidade de gênero
diferente da norma”.
No mesmo post do site há a afirmação que Frankilson
que se destaca na escola pelos desenhos e caricaturas, percebeu que na sua
cidade nem todos os lugares estavam adaptados a cadeirantes. Por isso, ele
enviou à ONU uma arte sobre a importância da acessibilidade e da inclusão de
pessoas com deficiência.
Observo que a juventude, digo, a geração Mainã,
Frankilson e Mágila compreendem os direitos humanos de uma forma maiúscula,
abrangente, superior.
Por esta e outras constatações não entro em
conflito quando escuto, fazendo parte do diálogo ou não, profissionais advogados,
comunicadores, apresentadores, jornalistas, professores, pedreiros, médicos,
etc. dizendo que esse “tal de direitos humanos só serve para proteger bandido”.
Ao fazerem essa afirmação, essas pessoas me decepcionam ao revelarem tamanho
desconhecimento do que realmente são os Direitos Humanos e o porquê de sua
defesa. Uma vez não sabendo exatamente o que é a DUDH, talvez esses mesmos
profissionais apresentem total desconhecimento da DECLARAÇÃO UNIVERSAL DE
DIREITOS HUMANOS EMERGENTES.
Ainda há tempo para reformular conceitos,
fazendo novos estudos, ampliando conhecimentos. O debate com novos saberes é
salutar, promove novas relações intrapessoais.
__________________
Liduina Tavares – membro efetivo da Academia Bacabalense de Letras,
cadeira nº 11.
Comentários
Postar um comentário